PARA A IGREJA CATÓLICA, dogma é uma verdade de fé
revelada por Deus. Logo, um dogma é imutável e definitivo; não pode ser mudado
nem revogado, pois Deus, sendo Perfeito e Eterno, não está sujeito à mudança. –
O SENHOR é o mesmo ontem, hoje e
eternamente (Hb 13,8).
Uma
verdade divinamente revelada só pode ser cnsiderada dogma quando proposta
diretamente à fé cristã católica, através de uma definição solene (clarificação
ou esclarecimento da Sã Doutrina), portanto infalível, do Magistério da Igreja.
Para que tal aconteça, são necessárias duas condições:
a) O sentido deve ser
suficientemente manifestado como sendo uma autêntica verdade revelada por Deus;
b) Essa verdade ou doutrina deve ser proposta e definida solenemente pela Igreja, Corpo de Cristo como um todo, como sendo verdade revelada e parte integrante da fé católica.
São 43 dogmas proclamados pela Igreja, que os divide em 8 categorias distintas:
1. Dogmas sobre Deus;
2. Dogmas sobre Jesus Cristo;
3. Dogmas sobre a criação do mundo;
4. Dogmas sobre o ser humano;
5. Dogmas marianos;
6. Dogmas sobre o Papa e a Igreja;
7. Dogmas sobre os Sacramentos;
8. Dogmas sobre as últimas coisas
(Escatologia).
Apresentamos
abaixo a lista de todos os dogmas da Igreja Católica, com sua respectiva breve
descrição, organizados em suas categorias:
Dogmas sobre Deus:
Dogmas sobre Deus:
1 – A
Existência de Deus
A ideia
de Deus não é inerente em nós, já que transcende a natureza humana, mas nós
temos capacidade natural para conhecê-Lo, de certo modo espontaneamente, por
meio de sua obra. O ser humano pode saber que Deus existe, por exemplo,
mediante a observação atenta do universo natural.
2 – A
Existência de Deus como Objeto de Fé
A
existência de Deus, porém, não é apenas objeto do conhecimento da razão
natural, mas também e principalmente é objeto da fé sobrenatural.
3 – A
Unidade de Deus
Não
existe mais que um único Deus.
4 – Deus
é Eterno
Deus não
tem princípio nem fim, está além do espaço e do tempo como somos capazes de
experimentá-los e concebê-los.
5 – A
Santíssima Trindade
No Deus
Uno há três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Cada uma possui a imutável
Essência Divina.
Dogmas sobre Jesus Cristo:
6 – Jesus
Cristo é verdadeiro Deus e Filho de Deus por Essência
O Cristo
possui a infinita Natureza Divina com todas as suas infinitas Perfeições, por
haver sido gerado eternamente por Deus.
7 – Jesus
possui duas naturezas que não se transformam nem se misturam ou confundem
Declara o
Concílio de Calcedônia (451, IV): "Nosso Senhor Jesus Cristo, Ele mesmo
perfeito em Divindade e Ele mesmo perfeito em humanidade (...) que se há de
reconhecer nas duas naturezas: sem confusão, sem mudanças, sem divisão, sem
separação e de modo algum apagada a diferença de natureza por causa da união,
conservando cada natureza sua propriedade e concorrendo em uma só Pessoa"
(Dz. 148).
Conforme as Sagradas Escrituras, "o Verbo se fez carne..." (Jo 1,14). / "...o qual, sendo de condição divina, não reteve avidamente o fato de ser igual a Deus, mas se despojou de Si mesmo, tomando a condição de servo, fazendo-se semelhante aos homens e aparecendo em seu porte como homem" (Fl 2,6-7). Vemos então que Cristo é possuidor de uma íntegra Natureza Divina e de uma íntegra natureza humana: a prova está, entre outros, nos seus milagres, em sua Ressurreição, em suas dores e no seu padecimento.
Conforme as Sagradas Escrituras, "o Verbo se fez carne..." (Jo 1,14). / "...o qual, sendo de condição divina, não reteve avidamente o fato de ser igual a Deus, mas se despojou de Si mesmo, tomando a condição de servo, fazendo-se semelhante aos homens e aparecendo em seu porte como homem" (Fl 2,6-7). Vemos então que Cristo é possuidor de uma íntegra Natureza Divina e de uma íntegra natureza humana: a prova está, entre outros, nos seus milagres, em sua Ressurreição, em suas dores e no seu padecimento.
8 – Cada
uma das Naturezas em Cristo possui uma própria vontade física e uma própria
operação física
Declara o
III Concílio de Constantinopla (680-681): "Proclamamos, conforme os
ensinamentos dos Santos Padres, que não existem duas vontades físicas e duas
operações físicas, de modo indivisível, de modo que não seja conversível, de
modo inseparável e de modo não confuso. E estas duas vontades físicas não se
opõem uma à outra como afirmam os ímpios hereges..." (Dz. 291 e Dz.
263-288).
Deus Filho diz a Deus Pai nas Sagradas Escrituras: "Não seja como Eu quero, mas sim como Tu queres" (Mt 26,39). / "Não seja feita a minha vontade, mas sim a Tua." (Lc 22,42). – Diz ainda aos discípulos: "Desci do Céu não para fazer a minha vontade, mas sim a vontade de Quem me enviou" (Jn 6,38). / "Ninguém me tira a vida, Eu a doei voluntariamente: tenho o poder para concedê-la e o poder de recobrá-la novamente" (Jo 10,18).
Apesar da dualidade física das duas vontades, existiu e existe a unidade moral, porque a vontade humana de Cristo se conforma em livre subordinação, de maneira perfeitíssima à Vontade Divina.
Deus Filho diz a Deus Pai nas Sagradas Escrituras: "Não seja como Eu quero, mas sim como Tu queres" (Mt 26,39). / "Não seja feita a minha vontade, mas sim a Tua." (Lc 22,42). – Diz ainda aos discípulos: "Desci do Céu não para fazer a minha vontade, mas sim a vontade de Quem me enviou" (Jn 6,38). / "Ninguém me tira a vida, Eu a doei voluntariamente: tenho o poder para concedê-la e o poder de recobrá-la novamente" (Jo 10,18).
Apesar da dualidade física das duas vontades, existiu e existe a unidade moral, porque a vontade humana de Cristo se conforma em livre subordinação, de maneira perfeitíssima à Vontade Divina.
9 – Jesus
Cristo, ainda que homem, é Filho Natural de Deus Pai
“Ao
chegar a plenitude dos tempos, Deus enviou o Seu Filho, nascido de uma mulher,
nascido sob o domínio da Lei, para resgatar os que se encontravam sob o domínio
da Lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.” (Missal Romano, Solenidade de
Santa Maria, Mãe de Deus, 2ª Leitura – Gl 4, 4-5)
10 – Cristo
imolou-se a si mesmo na Cruz como verdadeiro e próprio Sacrifício
No
inefável Mistério, Cristo, por sua natureza humana, era ao mesmo tempo
Sacerdote e Oferenda, mas por sua Natureza Divina, juntamente com o Pai e o
Espírito Santo, era O Mesmo que recebia o Sacrifício.
11 – Cristo
nos resgatou e reconciliou com Deus por meio do Sacrifício de sua morte na Cruz
Jesus
Cristo quis oferecer-se a Si mesmo a Deus Pai, como Sacrifício apresentado
sobre a ara da Cruz em sua Morte, para obter-no o perdão eterno.
12 – Ao
terceiro dia depois de sua Morte, Cristo ressuscitou glorioso dentre os mortos
Ao
terceiro dia, ressuscitado por sua própria Virtude, levantou-se Nosso Senhor
Jesus do sepulcro.
13 – Cristo
subiu em Corpo e Alma aos Céus e está assentado à direta de Deus Pai
Ressuscitou
dentre os mortos e subiu ao Céu em Corpo e Alma.
Dogmas sobre a criação do mundo:
14 – Tudo
o que existe foi criado por Deus a partir do Nada
A criação
do mundo, a partir do nada, não apenas é uma verdade fundamental da Revelação
cristã, mas ao mesmo tempo chega a alcançá-la a razão com apenas suas forças
naturais, baseando-se, por exemplo, nos Argumentos Cosmológicos: Argumento da
Causa Primeira1 e Argumento da Contingência2.
15 – Caráter
temporal do mundo
O mundo
teve princípio no tempo, pois o Infinito é capaz de criar o finito, e o Eterno
é capaz de dar existência ao temporal.
16 – Conservação
do mundo
Além de
Criador, Deus é Conservador, pois conserva na Existência a todas as coisas
criadas.
Dogmas sobre o ser humano:
17 – O
homem é formado de corpo material e alma espiritual
Este
dogma foi afirmado no IV Concílio de Latrão (1215), sob Inocêncio III
(1198-1216), e no Concílio Vaticano I (1869-70), sob Pio IX (1846-78). Segundo
a doutrina da Igreja, o corpo é parte essencialmente constituinte da natureza
humana, e não carga e estorvo como disseram certos hereges. Igualmente, para
defender o dogma católico contra os que dizem que consta de três partes
essenciais: corpo, alma animal e alma espiritual, o Concílio de Constantinopla
declarou "que o homem tem apenas uma alma racional e intelectual"
(Dz. 338). A alma espiritual é o princípio da vida espiritual e ao mesmo tempo
o é da vida animal (vegetativa e sensitiva) (Dz. 1655).
Declaram as Sagradas Escrituras: "O Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em seu rosto o alento da vida" (Gn 2,7). / "Antes que o pó volte à terra, de onde saiu, e o espírito retorne a Deus..." (Ecl 12,7). / "Não tenhais medo dos que matam o corpo e à alma não podem matar; temais muito mais Àquele que pode destruir o corpo e a alma na geena." (Mt 10,28).
Prova-se especulativamente a unicidade da alma no homem por testemunho da própria consciência, pela qual entendemos que o mesmo Eu, que é o princípio da atividade espiritual, é o mesmo que gera a sensibilidade e a vida vegetativa.
Declaram as Sagradas Escrituras: "O Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em seu rosto o alento da vida" (Gn 2,7). / "Antes que o pó volte à terra, de onde saiu, e o espírito retorne a Deus..." (Ecl 12,7). / "Não tenhais medo dos que matam o corpo e à alma não podem matar; temais muito mais Àquele que pode destruir o corpo e a alma na geena." (Mt 10,28).
Prova-se especulativamente a unicidade da alma no homem por testemunho da própria consciência, pela qual entendemos que o mesmo Eu, que é o princípio da atividade espiritual, é o mesmo que gera a sensibilidade e a vida vegetativa.
18 – O
pecado de Adão se propaga a todos os seus descendentes por geração, não por
imitação
O Pecado,
que é morte da alma, se propaga de Adão a todos seus descendentes por geração,
e não por imitação, sendo inerente a cada indivíduo.
19 – O
homem caído não pode redimir-se a si próprio
Somente
um ato livre por parte do Amor Divino poderia restaurar a ordem sobrenatural,
destruída pelo Pecado. Sendo Deus infinitamente Grande, Justo e Perfeito, o
crime contra Ele é infinitamente grave. Só poderia então ser resgatado mediante
um Sacrifício infinitamente meritório e reparador, do qual nós não seríamos
capazes.
Dogmas marianos:
20 – Imaculada
Conceição e Virgindade Perpétua de Maria
A
Santíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição foi, por
singular Graça e Privilégio de Deus Onipotente, em previsão dos Méritos de
Cristo Jesus, Salvador do gênero humano, preservada imune de toda mancha de
culpa original. Assim era preciso que a Mãe do Senhor, o Tabernáculo da Nova e
Eterna Aliança, fosse imaculada, assim como era intocável e feita do ouro mais
puro a Arca da Antiga Aliança.
A doutrina da Virgindade Perpétua de Maria expressa a "real e perpétua virgindade de Maria mesmo no ato de dar à luz a Jesus, o Filho de Deus feito homem". Maria permaneceu sempre virgem (em grego: ἀειπαρθένος – aeiparthenos), fazendo de Jesus seu único Filho, cuja Concepção e Nascimento são milagrosos. Já nos anos 300, esta doutrina era amplamente apoiada pelos Padres da Igreja e, no século sétimo, foi afirmada num conjunto de concílios ecumênicos. Este é um ensinamento tanto católico quanto anglocatólico, ortodoxo e ortodoxo oriental, como se comprova em suas Liturgias, nas quais repetidamente se faz referência à Maria como "sempre virgem".
Embora seja um fato pouco difundido atualmente, até mesmo alguns dos primeiros reformadores protestantes apoiavam esta doutrina, e figuras importantes do anglicanismo, como Hugo Latimer e Thomas Cranmer, "seguiam a Tradição que herdaram, aceitando Maria como 'sempre virgem'" (BRADSHAW, Timothy. Commentary and Study Guide on the Seattle Statement Mary: Hope and Grace in Christ of the Anglican – Roman Catholic International Commission, 2005). A Virgindade Perpétua é ainda hoje defendida por teólogos anglicanos e luteranos.
A doutrina da Virgindade Perpétua de Maria expressa a "real e perpétua virgindade de Maria mesmo no ato de dar à luz a Jesus, o Filho de Deus feito homem". Maria permaneceu sempre virgem (em grego: ἀειπαρθένος – aeiparthenos), fazendo de Jesus seu único Filho, cuja Concepção e Nascimento são milagrosos. Já nos anos 300, esta doutrina era amplamente apoiada pelos Padres da Igreja e, no século sétimo, foi afirmada num conjunto de concílios ecumênicos. Este é um ensinamento tanto católico quanto anglocatólico, ortodoxo e ortodoxo oriental, como se comprova em suas Liturgias, nas quais repetidamente se faz referência à Maria como "sempre virgem".
Embora seja um fato pouco difundido atualmente, até mesmo alguns dos primeiros reformadores protestantes apoiavam esta doutrina, e figuras importantes do anglicanismo, como Hugo Latimer e Thomas Cranmer, "seguiam a Tradição que herdaram, aceitando Maria como 'sempre virgem'" (BRADSHAW, Timothy. Commentary and Study Guide on the Seattle Statement Mary: Hope and Grace in Christ of the Anglican – Roman Catholic International Commission, 2005). A Virgindade Perpétua é ainda hoje defendida por teólogos anglicanos e luteranos.
21 – Maria, Mãe de Deus
Maria
gerou a Cristo segundo a natureza humana, mas quem dela nasce transcende esta
natureza humana. – O Filho de Maria é propriamente o Verbo Divino, encarnado em
natureza humana. – Maria, então, é necessariamente mãe de Deus, posto que
Jesus, o Verbo, é Deus: Cristo, sendo inseparavelmente verdadeiro Deus e
verdadeiro Homem, faz de Maria verdadeira mãe de Deus, por não haver separação
entre as Naturezas humana e divina em Nosso Senhor e Salvador. Evidentemente,
Maria não é anterior ao próprio Deus Onipotente e Criador de todas as
coisas, nem é "deusa". Este dogma, pois, não deve ser confundido:
Maria não é e nem poderia ser mãe de Deus segundo a Natureza Divina;
entretanto, como as duas Naturezas no Cristo são inseparáveis, ela foi feita,
por um inescrutável Mistério do próprio Deus, a um só tempo criatura, serva,
filha e mãe do Senhor. O título Mãe de Deus a Igreja lhe atribui
como ato e reflexo de sua veneração por ela e adoração por Deus.
22 – A
Assunção de Maria
A Virgem
Maria foi assunta ao Céu imediatamente após o fim de sua vida terrena; seu
corpo não sofreu corrupção como sucederá com os homens e mulheres que
ressuscitarão até o final dos tempos, passando pela descomposição. A Assunção
de Nossa Senhora foi transmitida pela Tradição escrita e oral da Igreja. Não se
encontra explicitamente na Sagrada Escritura, mas está ali implícita. O fato
histórico, segundo relatos dos primeiros cristãos e transmitido pelos séculos
de forma inconteste, dá conta de que, na ocasião de Pentecostes, Maria
Santíssima tinha mais ou menos 47 anos de idade. Depois desse fato, permaneceu
ela ainda 25 anos na Terra, a educar e formar, por assim dizer, a Igreja
nascente, como outrora educara e protegera Deus Filho em sua infância. Terminou
sua missão neste mundo com a idade de 72 anos, conforme a opinião mais comum.
Diversos Santos Padres da Igreja atestam que os Apóstolos foram milagrosamente levados para Jerusalém na noite que precederia o desenlace da Bem-aventurada Virgem Maria. S. João Damasceno, um dos mais ilustres doutores da Igreja Oriental, refere que os fiéis de Jerusalém, ao terem notícia do falecimento de sua Mãe querida (como a chamavam), vieram em multidão prestar-lhe as últimas homenagens, e que logo se multiplicaram os milagres em redor de seu corpo. Três dias depois chegou o Apóstolo S. Tomé, que pediu para ver o corpo de Nossa Senhora. Ao retirar-se a pedra, o corpo já não mais se encontrava. Pela Virtude de seu Filho, a Virgem Santa ressuscitara. Anjos retiraram seu corpo imaculado e o transportaram ao Céu, onde ela vive na Glória inefável.
Estas antigas tradições da Igreja sobre o Mistério da Assunção da Mãe de Deus podem ser encontradas nos escritos dos Santos Padres e Doutores da Igreja dos primeiros séculos, e relatadas no Concílio geral de Calcedônia, em 451.
Diversos Santos Padres da Igreja atestam que os Apóstolos foram milagrosamente levados para Jerusalém na noite que precederia o desenlace da Bem-aventurada Virgem Maria. S. João Damasceno, um dos mais ilustres doutores da Igreja Oriental, refere que os fiéis de Jerusalém, ao terem notícia do falecimento de sua Mãe querida (como a chamavam), vieram em multidão prestar-lhe as últimas homenagens, e que logo se multiplicaram os milagres em redor de seu corpo. Três dias depois chegou o Apóstolo S. Tomé, que pediu para ver o corpo de Nossa Senhora. Ao retirar-se a pedra, o corpo já não mais se encontrava. Pela Virtude de seu Filho, a Virgem Santa ressuscitara. Anjos retiraram seu corpo imaculado e o transportaram ao Céu, onde ela vive na Glória inefável.
Estas antigas tradições da Igreja sobre o Mistério da Assunção da Mãe de Deus podem ser encontradas nos escritos dos Santos Padres e Doutores da Igreja dos primeiros séculos, e relatadas no Concílio geral de Calcedônia, em 451.
Dogmas sobre o Papa e a Igreja:
23 – A
Igreja foi fundada pelo Deus-Homem, Jesus Cristo
Cristo
fundou a Igreja; Ele estabeleceu os fundamentos substanciais da mesma, no
tocante a sua doutrina, culto e constituição.
Atestam as Sagradas Escrituras o que Jesus declarou a S. Pedro: "Bem aventurado és tu, Simão filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelaram (que Eu sou o Cristo), mas meu Pai que está nos Céus. Também Eu te declaro que és Pedro (no aramaico: Kepha = Pedra), e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno nunca prevalecerão contra ela. Eu de darei as Chaves do Reino dos Céus, o que ligares na Terra será ligado nos Céus, e o que desligares na Terra será desligado nos Céus." (Mt 16,17-19)
Atestam as Sagradas Escrituras o que Jesus declarou a S. Pedro: "Bem aventurado és tu, Simão filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelaram (que Eu sou o Cristo), mas meu Pai que está nos Céus. Também Eu te declaro que és Pedro (no aramaico: Kepha = Pedra), e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno nunca prevalecerão contra ela. Eu de darei as Chaves do Reino dos Céus, o que ligares na Terra será ligado nos Céus, e o que desligares na Terra será desligado nos Céus." (Mt 16,17-19)
24 – Cristo
constituiu o Apóstolo São Pedro como primeiro entre os Apóstolos e como cabeça
visível de toda a Igreja, conferindo-lhe imediata e pessoalmente o primado da
jurisdição
O Romano
Pontífice é o sucessor do bem-aventurado S. Pedro e tem o primado terreno sobre
todo o rebanho do Senhor, que é a Igreja. Este fato é atestado claramente,
repetidas vezes, pelas Sagradas Escrituras:
** "Tendo eles comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: 'Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes?' Respondeu ele: 'Sim, Senhor, tu sabes que te amo'. Disse-lhe Jesus: 'Apascenta os meus cordeiros'. Perguntou-lhe outra vez: 'Simão, filho de Jonas, amas-me?' Respondeu-lhe: 'Sim, Senhor, tu sabes que te amo'. Disse-lhe Jesus: 'Apascenta os meus cordeiros'. Perguntou-lhe pela terceira vez: 'Simão, filho de João, amas-me?' Pedro entristeceu-se porque lhe perguntou pela terceira vez: 'Amas-me?', e respondeu-lhe: 'Senhor, sabes tudo, tu sabes que te amo'. Disse-lhe Jesus: 'Apascenta as minhas ovelhas'.” (João 21,15-17)
*** “Irmãos, sabeis que há muito tempo Deus me escolheu dentre vós (Apóstolos), para que da minha boca os pagãos ouvissem a Palavra do Evangelho. ”, declara solenemente o próprio S. Pedro (At 15,7).
**** Diz o Senhor especialmente e somente a S. Pedro: “Eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça. E tu, confirma os teus irmãos.” (Lc 22, 31-32)
** "Tendo eles comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: 'Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes?' Respondeu ele: 'Sim, Senhor, tu sabes que te amo'. Disse-lhe Jesus: 'Apascenta os meus cordeiros'. Perguntou-lhe outra vez: 'Simão, filho de Jonas, amas-me?' Respondeu-lhe: 'Sim, Senhor, tu sabes que te amo'. Disse-lhe Jesus: 'Apascenta os meus cordeiros'. Perguntou-lhe pela terceira vez: 'Simão, filho de João, amas-me?' Pedro entristeceu-se porque lhe perguntou pela terceira vez: 'Amas-me?', e respondeu-lhe: 'Senhor, sabes tudo, tu sabes que te amo'. Disse-lhe Jesus: 'Apascenta as minhas ovelhas'.” (João 21,15-17)
*** “Irmãos, sabeis que há muito tempo Deus me escolheu dentre vós (Apóstolos), para que da minha boca os pagãos ouvissem a Palavra do Evangelho. ”, declara solenemente o próprio S. Pedro (At 15,7).
**** Diz o Senhor especialmente e somente a S. Pedro: “Eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça. E tu, confirma os teus irmãos.” (Lc 22, 31-32)
25 – O
Papa possui o pleno e supremo poder de jurisdição sobre toda Igreja, não
somente nas questões de fé e costumes, mas também na disciplina e governo da
Igreja
Conforme
esta declaração, o poder do Papa é de jurisdição; universal; supremo; pleno;
ordinário; episcopal; imediato.
26 – O
Papa é infalível quando se pronuncia ex catedra
Para
compreender este dogma, convém ter na lembrança: sujeito da infalibilidade
papal é todo Papa legítimo, em sua qualidade de sucessor de Pedro. O objeto da
infalibilidade são as verdades de fé e os costumes, revelados ou em íntima
conexão com a Revelação Divina. A condição da infalibilidade é que o Papa fale ex
catedra, isto é:
a) Que
fale como pastor e mestre de todos os fiéis fazendo uso de sua suprema
autoridade.
b) Que
tenha a intenção de definir alguma doutrina de fé ou costume para que seja
acreditada por todos os fiéis. As encíclicas pontificais não são definições ex
catedra.
A razão
da infalibilidade é a assistência sobrenatural do Espírito Santo, que preserva o
supremo mestre da Igreja de todo erro, conforme a Promessa de Cristo ('Eis que
estou convosco até o fim do mundo' – Mt 28,20). A consequência
da infalibilidade é que as definições ex catedra dos Papas sejam
por si mesmas irreformáveis, sem a possibilidade de intervenção posterior de
qualquer autoridade, mesmo que seja outro Papa.
27 – A
Igreja é infalível quando faz definição em matéria de fé e costumes
Estão
sujeitos à infalibilidade:
• O Papa,
quando fala ex catedra;
• O
episcopado pleno, com o Papa, que é a cabeça do episcopado, é infalível quando,
reunido em concílio ecumênico ou disperso pelo rebanho da Terra, ensina e
promove uma verdade de fé ou de costumes para que todos os fiéis a sustentem.
Dogmas sobre os Sacramentos:
28 – O
Batismo é verdadeiro Sacramento instituído por Jesus Cristo
Atestam
as Sagradas Escrituras: "Jesus lhes disse: 'Toda autoridade me foi dada no
Céu e na Terra. Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo'.”.
29 – A
Confirmação é verdadeiro e próprio Sacramento
Este
Sacramento concede aos batizados a Fortaleza do Espírito Santo para que se
consolidem interiormente em sua vida sobrenatural e confessem exteriormente com
valentia sua fé em Jesus Cristo.
30 – A
Igreja recebeu de Cristo o poder de perdoar os pecados cometidos após o Batismo
Foi
comunicada aos Apóstolos e a seus legítimos sucessores o poder de perdoar e de
reter os pecados para reconciliar aos fiéis caídos depois do
Batismo. Cristo, que pode perdoar os pecados, deu à sua Igreja o poder de
perdoá-los em seu Nome: “Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os
pecados, serão perdoados; aqueles aos quais os retiverdes (não perdoardes),
serão retidos” (Jo 20, 22ss).
31 – A
Confissão Sacramental dos pecados está prescrita por Direito Divino e é
necessária para a salvação
Basta
indicar a culpa da consciência a sacerdote devidamente ordenado, mediante
confissão secreta.
32 – A
Eucaristia é verdadeiro Sacramento instituído por Cristo
Atestam
as Sagradas Escrituras:
"Eu sou o Pão Vivo que desceu do Céu. Quem comer deste Pão viverá eternamente. E o Pão que eu hei de dar é a minha Carne, para a salvação do mundo." (Jo 6,51)
"Quem se alimenta da minha Carne e bebe do meu Sangue permanece em Mim, e Eu nele." (Jo 6, 56-57)
"Pois a minha Carne é verdadeiramente comida e o meu Sangue é verdadeiramente bebida." (Jo 6,55)
"O Cálice que tomamos não é a Comunhão com o Sangue de Cristo? O Pão (...) não é a Comunhão com o Corpo de Cristo?" (I Cor 10,16)
"Cada um se examine antes de comer desse Pão e beber desse Cálice, pois aquele que come e bebe sem discernir o Corpo do Senhor, come e bebe a própria condenação." (I Cor 11,28-30)
"Eu sou o Pão Vivo que desceu do Céu. Quem comer deste Pão viverá eternamente. E o Pão que eu hei de dar é a minha Carne, para a salvação do mundo." (Jo 6,51)
"Quem se alimenta da minha Carne e bebe do meu Sangue permanece em Mim, e Eu nele." (Jo 6, 56-57)
"Pois a minha Carne é verdadeiramente comida e o meu Sangue é verdadeiramente bebida." (Jo 6,55)
"O Cálice que tomamos não é a Comunhão com o Sangue de Cristo? O Pão (...) não é a Comunhão com o Corpo de Cristo?" (I Cor 10,16)
"Cada um se examine antes de comer desse Pão e beber desse Cálice, pois aquele que come e bebe sem discernir o Corpo do Senhor, come e bebe a própria condenação." (I Cor 11,28-30)
33 – Cristo
está Presente no Sacramento do Altar pela Transubstanciação de toda a
substância do pão em seu Corpo e toda substância do vinho em seu Sangue
Transubstanciação
é uma conversão no sentido passivo; é o trânsito de uma coisa a outra. Cessam
as substâncias de Pão e Vinho, pois sucedem em seus lugares o Corpo e o Sangue
de Cristo. A Transubstanciação é uma conversão milagrosa e singular diferente
das conversões naturais, porque não apenas a matéria como também a forma do pão
e do vinho são convertidas; apenas os acidentes permanecem sem mudar:
continuamos vendo e experimentando fisicamente pão e vinho, mas
substancialmente já não o são, porque neles está realmente o Corpo, o Sangue, a
Alma e a Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo.
[Saiba mais sobre a Eucaristia, o centro da fé e da vida da Igreja]
[Saiba mais sobre a Eucaristia, o centro da fé e da vida da Igreja]
34 – A
Unção dos enfermos é verdadeiro e próprio Sacramento instituído por Cristo
Atestam
as Sagradas Escrituras:
“Está alguém enfermo entre vós? Chame os sacerdotes da Igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor.” (Tg 5,14)
“Está alguém enfermo entre vós? Chame os sacerdotes da Igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor.” (Tg 5,14)
35 – A
Ordem é verdadeiro e próprio Sacramento instituído por Cristo
Existe
uma hierarquia instituída por ordenação Divina, que consta de Bispos,
Presbíteros e Diáconos. As Sagradas Escrituras o atestam em Fl 1,1.
36 – O
Matrimônio é verdadeiro e próprio Sacramento
Cristo
restaurou o Matrimônio instituído e bendito por Deus, fazendo que recobrasse
seu primitivo ideal da unidade e indissolubilidade e elevando-o a dignidade de
Sacramento.
Dogmas sobre as últimas coisas:
37 – A
Morte e sua origem
A morte é
consequência do pecado primitivo. O relato bíblico da Queda (Gn 3) utiliza uma
linguagem feita de imagens, mas afirma um acontecimento primordial, um fato que
ocorreu no início da história do homem. A Revelação dá-nos a certeza de fé de
que toda a história humana está marcada pelo pecado original cometido livremente
por nossos primeiros pais, trazendo como consequência a morte. "Porque o
salário do pecado é a morte, mas o Dom gratuito de Deus é a vida eterna, por
Cristo Jesus nosso Senhor" (Rm 6,23).
38 – O
Céu (Paraíso)
As almas
dos justos, que no instante da morte se acham livres de toda culpa e pena de
pecado, entram no Céu.
39 – O
Inferno
As almas
dos que morrem em estado de pecado mortal vão ao inferno.
40 – O
Purgatório
As almas
dos justos que no instante da morte estão agravadas por pecados veniais ou por
penas temporais devidas pelo pecado vão ao Purgatório. O Purgatório é estado de
purificação.
41 – O
Fim do mundo e a Segunda vinda de Cristo
No fim do
mundo, Cristo, rodeado de Majestade, virá de novo para julgar os homens.
42 – A
Ressurreição dos Mortos no Último Dia
Aos que
creem em Jesus e se alimentam de seu Corpo e bebem de seu Sangue, Ele lhes
promete a ressurreição para vida eterna de Paz e Plenitude.
43 – O
Juízo Universal
O Cristo,
Senhor e Salvador, depois de seu Retorno, julgará a todos os homens.
Fonte: http://www.ofielcatolico.com.br/2004/10/os-dogmas-da-igreja-catolica.html
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